sexta-feira, 27 de junho de 2008
O QUE VOCE PRECISA SABER PARA FAZER UM PLANETA MELHOR
Entenda porque é tão importante reduzir o consumo de três itens imprescindíveis nos dias de hoje: água,energia elétrica e combustíveis
água, Ela até cai do céu, mas é um recurso esgotável e raro em muitos lugares do mundo. Se, em apenas cinco minutos, você escovar os dentes com a torneira escancarada, 12 litros de água potável serão desperdiçados.
Energia elétrica O consumo cada vez maior requer a construção de mais usinas hidrelétricas e mais florestas vão desaparecer para dar lugar a elas. O simples gesto de desligar as luzes dos ambientes, quando estiverem vazios, pode ajudar a evitar isso.
Combustíveis A queima dos fósseis, como o diesel e a gasolina, é a maior responsável pela emissão de gases do aquecimento global. Segundo o urbanista e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, “nas grandes cidades são produzidos 75% de todo o CO2 jogado na atmosfera”. Pense nisso antes de entrar no carro só para ir à padaria da esquina.
NA RUA
1 Na hora de comprar um carro, faça um cálculo simples de qual o tamanho ideal para suas necessidades. Veículos maiores consomem e poluem mais. Modelos do tipo flex fuel estão adequados às normas de proteção ao meio ambiente. Lembre-se: prefira abastecer com etanol.
2 Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto. Use-o com moderação, em especial se tiver um enorme 4x4 a diesel. Ande mais em transporte coletivo ou reabilite sua magrela.
3 Compartilhe seu carro. “Pratique a carona solidária e diminua a emissão de poluentes, levando pessoas que fariam o mesmo trajeto separadamente”, recomenda o ambientalista Fábio Feldmann. Você vai se tornar o cara mais simpático da cidade.
4 Carro requer manutenção, não tem jeito. Faça uma regulagem periódica, sempre que possível. Troque o óleo nos prazos indicados pelo fabricante, verifique filtros de óleo e de ar. Todas essas medidas economizam combustível e ajudam a despejar menos CO2 no ar.
5 Que tal lavar o carro a seco? Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a tradicional, que consome centenas de litros do precioso líquido. Pense também em lavar menos seu carro.
6 Tem atitude mais grosseira que atirar lata ou outros dejetos pela janela do carro? O castigo para essa gafe é garantido: os resíduos despejados na rua são arrastados pela chuva, entopem bueiros, chegam aos rios e represas, causam enchentes e prejudicam a qualidade da água que consumimos.
EM CASA
7 Os aparelhos que ficam dia e noite em modo stand by são mais uma nova invenção em nome do conforto. Só esqueceram de dizer que isso consome energia sem necessidade. Puxe a tomada de todos eles quando não estiverem em uso e tenha certeza: o valor de sua conta de luz vai cair bastante.
8 Na hora de comprar eletrodomésticos, escolha os mais eficientes. É possível reconhecê-los pelo selo do Procel (nas marcas nacionais) ou Energy Star (nos importados). Detalhe: isso não custa nada.
9Viva seu dia com luz natural. Abra janelas, cortinas, persianas, deixe o sol entrar e iluminar sua casa em vez de acender lâmpadas. Além de fazer muito bem ao seu humor, você também vai economizar dinheiro no fim do mês.
10Mude sua geladeira e seu freezer de lugar. Ao colocá-los próximos do fogão e de áreas onde bate sol, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Aproveite para avaliar com seus botões: será que você precisa mesmo de um freezer?
11Idéia luminosa é trocar as lâmpadas incandescentes do banheiro, da cozinha, da lavanderia ou da garagem pelas fluorescentes. O motivo é para lá de convincente: elas duram até 10 vezes mais, são mais eficientes e economizam até um terço de energia elétrica.
12Ventiladores de teto consumem muito menos energia que os aparelhos de ar condicionado. Tudo bem, você prefere o ar condicionado. Então, ao menos use-o racionalmente, com portas e janelas fechadas e os filtros regularmente limpos.
13Evite a torneira elétrica nos dias quentes. Aliás, para quê esquentar a água da pia se vivemos num país tropical? Pense nisso.
14Atire a primeira pedra quem nunca esqueceu o carregador do celular ligado na tomada. Acredite: esse pequeno descuido gasta energia elétrica.
15Pendure as roupas no varal em vez de usar a secadora. Recorra a ela apenas em casos mais urgentes. E aquele truque de colocar panos e roupas para secar atrás da geladeira deve ser abolido, pois consome energia extra.
16Não há nada mais fora de moda que usar a mangueira de água para varrer a calçada, a chamada “vassourinha hidráulica”. Em 15 minutos, 280 litros de água escorrem para o ralo inutilmente. Espante a preguiça, pegue a vassoura, junte a sujeira, recolha com a pá e só depois enxágüe o chão.
17O que há de errado em tomar água “torneiral”? Saiba que ela é bem tratada antes de chegar a sua casa. então, instale um purificador na torneira e se esqueça dos incômodos garrafões. O consumo de água engarrafada envolve o transporte em veículos a diesel. É preciso dizer mais?
18Fique de olho em vazamentos nos encanamentos e não deixe torneiras pingando inutilmente. É economia líquida e certa de água e de dinheiro.
19Pense com carinho na possibilidade de colocar acumuladores de energia solar e de coleta de água das chuvas em sua casa. Novos prédios já estão tomando essas medidas. Pode ser um bom investimento para você. E um alívio para o planeta.
20Muito luxo produz muito lixo. Pense antes de sair comprando tudo o que aparecer. Com essa atitude você faz a diferença, combatendo o desperdício, diminuindo a montanha de embalagens descartadas e, de quebra, espantando as dívidas.
21Leve o campo para dentro de sua casa em plena cidade grande: cultive uma pequena horta em vasos ou mesmo num cantinho do quintal. Além da higiene mental, você colherá ervas, condimentos e hortaliças frescas diretamente da terra.
22Restos de alimento que você despeja na lixeira são bons fertilizantes orgânicos. Parece incrível, mas espalhar casca de ovo, de fruta e de legume, pó de café, saquinho de chá e pão velho nos vasos ajuda a deixar as plantas mais fortes e bonitas.
23Sofrer em engarrafamento para ir ao banco e depois testar a paciência numa fila interminável são coisas do passado. Faça uso da tecnologia, colocando em dia todas as suas transações financeiras pela internet, sem sair do conforto de casa.
24Que tal fazer compras caminhando até o mercadinho perto de sua casa ou divertir-se indo à feira a pé toda semana? Vá lá, pode ser que um ou outro produto esteja um pouco mais caro que naquele hipermercado de sua preferência. Mas pense na economia de combustível e de paciência que você terá sem precisar procurar vaga no estacionamento lotado.
25Prefira consumir produtos locais e da estação. Eles não precisam ser transportados de longa distância e, por isso, a emissão de carbono e de poluição é mínima. Saiba que a última moda nos melhores restaurantes da Itália é o “cardápio 0 km”. eles servem apenas pratos feitos com ingredientes provenientes de produtores da vizinhança.
26Despreze os produtos descartáveis. Escolha os feitos para serem duráveis, como era nos tempos de nossos avós. Tenha a certeza de que com essa simples atitude você estará dando o pontapé inicial para diminuir a quantidade de lixo que a humanidade produz.
27Pare e pense bem antes de descartar todos aqueles objetos que já não interessam mais a você. Que tal doá-los a alguma entidade assistencial? Esse material que está apenas ocupando espaço em sua casa certamente será útil para muita gente.
28Um dos grandes problemas da poluição dos mananciais vem de um hábito difícil de mudar: jogar o óleo de fritura usado no encanamento. Um litro de óleo pode contaminar até um milhão de litros de água. Separe o óleo em garrafas PET para doá-lo a ONGs que fazem biodiesel e sabão com ele.
29Não jogue pilhas e baterias de celular velhas no lixo. Elas contêm substâncias tóxicas que contaminam o solo e os lençóis freáticos. Separe todas elas e procure um posto de coleta perto da sua casa. Aproveite para diminuir o consumo de pilhas descartáveis com o uso de pilhas recarregáveis.
30“Ao fazer compras, leve sua própria sacola, de preferência as de pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young. Com esse gesto simples, você deixará de participar da farra das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das grandes cidades.
31Procure saber a procedência dos produtos que você consome. Fuja de produtos de empresas com referências suspeitas. Adote o costume de ler as embalagens e ligar para o serviço de atendimento ao cliente quando tiver alguma dúvida sobre o produto.
NO TRABALHO
32Lute para que a companhia onde você trabalha adote atitudes mais sustentáveis. Pressione para que a direção da empresa tome medidas de economia de energia elétrica, água e materiais de consumo. Bem, se você não conseguir mudar nada, pense seriamente em mudar de emprego. Afinal de contas, você não precisa de chefe para ser bom cidadão.
33Desabilite seu screen saver cheio de efeitos especiais. O monitor ligado, mesmo com aquele descanso de tela bacana, é responsável por até 80% do consumo do computador. Configure sua máquina para o modo de economia de energia. Assim, ele vai desligar automaticamente toda vez que você se ausentar.
34A quantas reuniões rápidas você já teve de ir depois de enfrentar horas no trânsito para ir e voltar? Às vezes é possível resolver isso por telefone ou em programas de comunicação on-line de seu próprio computador.
35Se tiver chance, prefira um notebook. Ele consome menos energia que um computador de mesa.
36Prefira o papel ecoeficiente ou o reciclado. A produção do ecoeficiente usa os recursos da natureza de maneira racional. Tem como matéria-prima o eucalipto plantado para essa finalidade e colhido após sete anos. Para ficar com a aparência que todos conhecem, enfrenta processo de branqueamento. O papel ecoeficiente é feito de fibra de árvores manejadas de forma sustentável, evitando o impacto negativo no meio ambiente.
37já reparou na quantidade de copos de plástico jogados no lixo no fim do expediente? Mude isso: traga de casa sua própria caneca ou uma garrafinha para água. Você ditará moda entre os colegas.
38Quando precisar dos serviços de um portador prefira chamar um bikeboy, em vez de um motoboy. Além de mais barato, ele entrega seus documentos com maior rapidez. O que é melhor: sem poluir o ar nem provocar engarrafamentos.
39Coloque nos seus planos trocar seu monitor comum por um de LCD. Eles são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos.
40Economize CDs e DVDs, que são feitos de plástico. A onda agora usar e abusar de mídias regraváveis como CD-RW ou DVD-RW, drives USB ou mesmo utilizando e-mail para carregar ou partilhar arquivos.
41Imprima somente o que for mesmo necessário e procure aproveitar os dois lados da folha de papel. Tá certo, essa é uma daquelas dicas que você conhece bem. Mas a está colocando em prática?
NA VIDA PESSOAL
42Não troque seu celular por puro impulso. Se não resistir à tentação de comprar aquele modelo que só falta falar, ao menos deixe o seu modelo antigo na revendedora para reciclagem.
43Esqueça-se do elevador e use mais a escada se tiver de subir ou descer um ou dois andares. Afinal, além da economia de energia elétrica, tanto esforço pode resultar em um corpinho mais saudável.
44Faça seu dinheiro trabalhar a favor de causas nobres. diga ao gerente do banco que você quer aplicar em investimentos socialmente responsáveis, os ISRs. Dessa forma, seus lucros virão de empresas que respeitam práticas ambientais e trabalhistas.
45Exerça a cidadania. A internet e o telefone são bons canais de comunicação com representantes de sua cidade, seu estado ou país. Mobilize-se e certifique-se de que seus interesses e os da comunidade sejam atendidos.
46"Plante uma árvore. Ela pode absorver até 1 tonelada de CO2 durante sua vida e é bom abrigo para aves”, ensina Xico Graziano, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Se você é daqueles que não gostam de sujar as mãos, ao menos inscreva-se em programas de plantio pela internet, como o Clickarvore.
47Participe de sua comunidade, seja voluntário de uma instituição próxima da sua casa ou do trabalho. Doe um pouquinho do seu tempo para quem precisa.
48Conscientize seus filhos dos problemas com o aquecimento global sem fazer terrorismo. A idéia não é deixá-los sem esperança, mas bem informados e dispostos a cuidar melhor do planeta que as gerações passadas.
49Convença aquele amigo, parente ou vizinho mais cético de que as atitudes aqui sugeridas podem ajudar a mudar o mundo para melhor. Se você é o cético, comece a convencer-se disso. Afinal, alguém tem de fazer alguma coisa para reverter esse jogo a favor da sustentabilidade.
50Fuja da alienação e influencie pessoas. Estar sempre bem informado também é um bom exemplo de atitude cidadã. Procure ler mais para ficar atualizado nos assuntos de interesse geral como política, economia, meio ambiente e sustentabilidade.
água, Ela até cai do céu, mas é um recurso esgotável e raro em muitos lugares do mundo. Se, em apenas cinco minutos, você escovar os dentes com a torneira escancarada, 12 litros de água potável serão desperdiçados.
Energia elétrica O consumo cada vez maior requer a construção de mais usinas hidrelétricas e mais florestas vão desaparecer para dar lugar a elas. O simples gesto de desligar as luzes dos ambientes, quando estiverem vazios, pode ajudar a evitar isso.
Combustíveis A queima dos fósseis, como o diesel e a gasolina, é a maior responsável pela emissão de gases do aquecimento global. Segundo o urbanista e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, “nas grandes cidades são produzidos 75% de todo o CO2 jogado na atmosfera”. Pense nisso antes de entrar no carro só para ir à padaria da esquina.
NA RUA
1 Na hora de comprar um carro, faça um cálculo simples de qual o tamanho ideal para suas necessidades. Veículos maiores consomem e poluem mais. Modelos do tipo flex fuel estão adequados às normas de proteção ao meio ambiente. Lembre-se: prefira abastecer com etanol.
2 Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto. Use-o com moderação, em especial se tiver um enorme 4x4 a diesel. Ande mais em transporte coletivo ou reabilite sua magrela.
3 Compartilhe seu carro. “Pratique a carona solidária e diminua a emissão de poluentes, levando pessoas que fariam o mesmo trajeto separadamente”, recomenda o ambientalista Fábio Feldmann. Você vai se tornar o cara mais simpático da cidade.
4 Carro requer manutenção, não tem jeito. Faça uma regulagem periódica, sempre que possível. Troque o óleo nos prazos indicados pelo fabricante, verifique filtros de óleo e de ar. Todas essas medidas economizam combustível e ajudam a despejar menos CO2 no ar.
5 Que tal lavar o carro a seco? Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a tradicional, que consome centenas de litros do precioso líquido. Pense também em lavar menos seu carro.
6 Tem atitude mais grosseira que atirar lata ou outros dejetos pela janela do carro? O castigo para essa gafe é garantido: os resíduos despejados na rua são arrastados pela chuva, entopem bueiros, chegam aos rios e represas, causam enchentes e prejudicam a qualidade da água que consumimos.
EM CASA
7 Os aparelhos que ficam dia e noite em modo stand by são mais uma nova invenção em nome do conforto. Só esqueceram de dizer que isso consome energia sem necessidade. Puxe a tomada de todos eles quando não estiverem em uso e tenha certeza: o valor de sua conta de luz vai cair bastante.
8 Na hora de comprar eletrodomésticos, escolha os mais eficientes. É possível reconhecê-los pelo selo do Procel (nas marcas nacionais) ou Energy Star (nos importados). Detalhe: isso não custa nada.
9Viva seu dia com luz natural. Abra janelas, cortinas, persianas, deixe o sol entrar e iluminar sua casa em vez de acender lâmpadas. Além de fazer muito bem ao seu humor, você também vai economizar dinheiro no fim do mês.
10Mude sua geladeira e seu freezer de lugar. Ao colocá-los próximos do fogão e de áreas onde bate sol, eles utilizam muito mais energia para compensar o ganho de temperatura. Aproveite para avaliar com seus botões: será que você precisa mesmo de um freezer?
11Idéia luminosa é trocar as lâmpadas incandescentes do banheiro, da cozinha, da lavanderia ou da garagem pelas fluorescentes. O motivo é para lá de convincente: elas duram até 10 vezes mais, são mais eficientes e economizam até um terço de energia elétrica.
12Ventiladores de teto consumem muito menos energia que os aparelhos de ar condicionado. Tudo bem, você prefere o ar condicionado. Então, ao menos use-o racionalmente, com portas e janelas fechadas e os filtros regularmente limpos.
13Evite a torneira elétrica nos dias quentes. Aliás, para quê esquentar a água da pia se vivemos num país tropical? Pense nisso.
14Atire a primeira pedra quem nunca esqueceu o carregador do celular ligado na tomada. Acredite: esse pequeno descuido gasta energia elétrica.
15Pendure as roupas no varal em vez de usar a secadora. Recorra a ela apenas em casos mais urgentes. E aquele truque de colocar panos e roupas para secar atrás da geladeira deve ser abolido, pois consome energia extra.
16Não há nada mais fora de moda que usar a mangueira de água para varrer a calçada, a chamada “vassourinha hidráulica”. Em 15 minutos, 280 litros de água escorrem para o ralo inutilmente. Espante a preguiça, pegue a vassoura, junte a sujeira, recolha com a pá e só depois enxágüe o chão.
17O que há de errado em tomar água “torneiral”? Saiba que ela é bem tratada antes de chegar a sua casa. então, instale um purificador na torneira e se esqueça dos incômodos garrafões. O consumo de água engarrafada envolve o transporte em veículos a diesel. É preciso dizer mais?
18Fique de olho em vazamentos nos encanamentos e não deixe torneiras pingando inutilmente. É economia líquida e certa de água e de dinheiro.
19Pense com carinho na possibilidade de colocar acumuladores de energia solar e de coleta de água das chuvas em sua casa. Novos prédios já estão tomando essas medidas. Pode ser um bom investimento para você. E um alívio para o planeta.
20Muito luxo produz muito lixo. Pense antes de sair comprando tudo o que aparecer. Com essa atitude você faz a diferença, combatendo o desperdício, diminuindo a montanha de embalagens descartadas e, de quebra, espantando as dívidas.
21Leve o campo para dentro de sua casa em plena cidade grande: cultive uma pequena horta em vasos ou mesmo num cantinho do quintal. Além da higiene mental, você colherá ervas, condimentos e hortaliças frescas diretamente da terra.
22Restos de alimento que você despeja na lixeira são bons fertilizantes orgânicos. Parece incrível, mas espalhar casca de ovo, de fruta e de legume, pó de café, saquinho de chá e pão velho nos vasos ajuda a deixar as plantas mais fortes e bonitas.
23Sofrer em engarrafamento para ir ao banco e depois testar a paciência numa fila interminável são coisas do passado. Faça uso da tecnologia, colocando em dia todas as suas transações financeiras pela internet, sem sair do conforto de casa.
24Que tal fazer compras caminhando até o mercadinho perto de sua casa ou divertir-se indo à feira a pé toda semana? Vá lá, pode ser que um ou outro produto esteja um pouco mais caro que naquele hipermercado de sua preferência. Mas pense na economia de combustível e de paciência que você terá sem precisar procurar vaga no estacionamento lotado.
25Prefira consumir produtos locais e da estação. Eles não precisam ser transportados de longa distância e, por isso, a emissão de carbono e de poluição é mínima. Saiba que a última moda nos melhores restaurantes da Itália é o “cardápio 0 km”. eles servem apenas pratos feitos com ingredientes provenientes de produtores da vizinhança.
26Despreze os produtos descartáveis. Escolha os feitos para serem duráveis, como era nos tempos de nossos avós. Tenha a certeza de que com essa simples atitude você estará dando o pontapé inicial para diminuir a quantidade de lixo que a humanidade produz.
27Pare e pense bem antes de descartar todos aqueles objetos que já não interessam mais a você. Que tal doá-los a alguma entidade assistencial? Esse material que está apenas ocupando espaço em sua casa certamente será útil para muita gente.
28Um dos grandes problemas da poluição dos mananciais vem de um hábito difícil de mudar: jogar o óleo de fritura usado no encanamento. Um litro de óleo pode contaminar até um milhão de litros de água. Separe o óleo em garrafas PET para doá-lo a ONGs que fazem biodiesel e sabão com ele.
29Não jogue pilhas e baterias de celular velhas no lixo. Elas contêm substâncias tóxicas que contaminam o solo e os lençóis freáticos. Separe todas elas e procure um posto de coleta perto da sua casa. Aproveite para diminuir o consumo de pilhas descartáveis com o uso de pilhas recarregáveis.
30“Ao fazer compras, leve sua própria sacola, de preferência as de pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young. Com esse gesto simples, você deixará de participar da farra das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das grandes cidades.
31Procure saber a procedência dos produtos que você consome. Fuja de produtos de empresas com referências suspeitas. Adote o costume de ler as embalagens e ligar para o serviço de atendimento ao cliente quando tiver alguma dúvida sobre o produto.
NO TRABALHO
32Lute para que a companhia onde você trabalha adote atitudes mais sustentáveis. Pressione para que a direção da empresa tome medidas de economia de energia elétrica, água e materiais de consumo. Bem, se você não conseguir mudar nada, pense seriamente em mudar de emprego. Afinal de contas, você não precisa de chefe para ser bom cidadão.
33Desabilite seu screen saver cheio de efeitos especiais. O monitor ligado, mesmo com aquele descanso de tela bacana, é responsável por até 80% do consumo do computador. Configure sua máquina para o modo de economia de energia. Assim, ele vai desligar automaticamente toda vez que você se ausentar.
34A quantas reuniões rápidas você já teve de ir depois de enfrentar horas no trânsito para ir e voltar? Às vezes é possível resolver isso por telefone ou em programas de comunicação on-line de seu próprio computador.
35Se tiver chance, prefira um notebook. Ele consome menos energia que um computador de mesa.
36Prefira o papel ecoeficiente ou o reciclado. A produção do ecoeficiente usa os recursos da natureza de maneira racional. Tem como matéria-prima o eucalipto plantado para essa finalidade e colhido após sete anos. Para ficar com a aparência que todos conhecem, enfrenta processo de branqueamento. O papel ecoeficiente é feito de fibra de árvores manejadas de forma sustentável, evitando o impacto negativo no meio ambiente.
37já reparou na quantidade de copos de plástico jogados no lixo no fim do expediente? Mude isso: traga de casa sua própria caneca ou uma garrafinha para água. Você ditará moda entre os colegas.
38Quando precisar dos serviços de um portador prefira chamar um bikeboy, em vez de um motoboy. Além de mais barato, ele entrega seus documentos com maior rapidez. O que é melhor: sem poluir o ar nem provocar engarrafamentos.
39Coloque nos seus planos trocar seu monitor comum por um de LCD. Eles são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão ficando cada vez mais baratos.
40Economize CDs e DVDs, que são feitos de plástico. A onda agora usar e abusar de mídias regraváveis como CD-RW ou DVD-RW, drives USB ou mesmo utilizando e-mail para carregar ou partilhar arquivos.
41Imprima somente o que for mesmo necessário e procure aproveitar os dois lados da folha de papel. Tá certo, essa é uma daquelas dicas que você conhece bem. Mas a está colocando em prática?
NA VIDA PESSOAL
42Não troque seu celular por puro impulso. Se não resistir à tentação de comprar aquele modelo que só falta falar, ao menos deixe o seu modelo antigo na revendedora para reciclagem.
43Esqueça-se do elevador e use mais a escada se tiver de subir ou descer um ou dois andares. Afinal, além da economia de energia elétrica, tanto esforço pode resultar em um corpinho mais saudável.
44Faça seu dinheiro trabalhar a favor de causas nobres. diga ao gerente do banco que você quer aplicar em investimentos socialmente responsáveis, os ISRs. Dessa forma, seus lucros virão de empresas que respeitam práticas ambientais e trabalhistas.
45Exerça a cidadania. A internet e o telefone são bons canais de comunicação com representantes de sua cidade, seu estado ou país. Mobilize-se e certifique-se de que seus interesses e os da comunidade sejam atendidos.
46"Plante uma árvore. Ela pode absorver até 1 tonelada de CO2 durante sua vida e é bom abrigo para aves”, ensina Xico Graziano, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Se você é daqueles que não gostam de sujar as mãos, ao menos inscreva-se em programas de plantio pela internet, como o Clickarvore.
47Participe de sua comunidade, seja voluntário de uma instituição próxima da sua casa ou do trabalho. Doe um pouquinho do seu tempo para quem precisa.
48Conscientize seus filhos dos problemas com o aquecimento global sem fazer terrorismo. A idéia não é deixá-los sem esperança, mas bem informados e dispostos a cuidar melhor do planeta que as gerações passadas.
49Convença aquele amigo, parente ou vizinho mais cético de que as atitudes aqui sugeridas podem ajudar a mudar o mundo para melhor. Se você é o cético, comece a convencer-se disso. Afinal, alguém tem de fazer alguma coisa para reverter esse jogo a favor da sustentabilidade.
50Fuja da alienação e influencie pessoas. Estar sempre bem informado também é um bom exemplo de atitude cidadã. Procure ler mais para ficar atualizado nos assuntos de interesse geral como política, economia, meio ambiente e sustentabilidade.
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
DICAS DE COMO CONQUISTAR UMA MULHER
Você se acha feio e desengonçado? Beleza nem sempre põe mesa. Uma semana de gripe na cama, prejudica qualquer rosto bonito. A beleza física é efêmera. Beleza por si só cansa. Quanto tempo você ficaria olhando para uma foto de uma mulher belíssima? Você decerto conhece alguém extremamente feio e atraente, não? Fica cismado e se pergunta: "Deus, como o Fulano conquista as mulheres? Consegue as mais bonitas! Feio, baixo e tem uma barriga.... pra ninguém botar defeito." A simpatia e o carisma pessoal também atraem uma mulher.
Saiba ouvir a mulher. Isso cativa, sabia? O senso de humor e a alegria são afrodisíacos! Cara emburrada afasta as pessoas.
Seja sempre gentil e cavalheiro. Mulheres adoram flores e champagne. No entanto, não faça deste gesto um lugar comum. Desenvolva a inteligência e a cultura, mas não seja um chato.
Seja sempre sincero com as mulheres. Jamais as iluda com promessas que não podem ser cumpridas.
Qualquer lugar é um lugar para a paquera: seu condomínio, a padaria, uma sala de chat, uma balada, a academia de ginástica. Aproveite e mãos à obra! As mulheres são sensíveis e muito observadoras.
Você é tímido? Não sabe se aproximar de uma mulher? Timidez pode ser um charme e agrada as mulheres. No entanto, quando a timidez incomoda muito merece atenção ou tratamento adequado através da psicoterapia.
Tenha estilo. Seja você mesmo sempre! Ter estilo é ter um jeito próprio de se vestir, de falar e de flertar. Seja seguro de si na hora de abordar uma mulher. Não fique olhando para o chão.
Ande sempre limpo, arrumado e perfumado. Se não gosta de perfumes, mantenha, pelo menos, seu desodorante corporal em dia. Nada mais desagradável do que cheiro de suor, de chulé ou mau hálito.
Cuide da saúde. Se você sofre de alguma disfunção sexual, vá a um médico. Ejaculação precoce, dificuldades na ereção devem ser avaliadas por um profissional. Estas dificuldades podem prejudicar muito a sedução.
Não seja vulgar. Uma abordagem vulgar ou direta demais pode assustar a mulher. Seja um gentleman!
Nada mais sedutor do que a dança e a música! Já experimentou convidá-la para um baile? Não sabe dançar? Aprenda!
O carro também pode ser uma arma de sedução. Leve-a para dar uma volta de carro. Ela vai observar como você conduz o automóvel e as pequenas gentilezas como: abrir a porta do carro, colocar uma música agradável.
Pequenas gentilezas são ótimas armas para conquistar uma mulher: um bilhete carinhoso, um telefonema inesperado, um e-mail.
Vestir-se de forma excêntrica só para impressionar uma mulher nem sempre funciona. Tudo o que é falso cai por terra.
Se uma paquera não deu certo, parta para outra. Insistir muito com e-mails insistentes, telefonemas inoportunos podem afastar a mulher desejada.
Mude a estratégia na hora de seduzir. Algumas mulheres gostam de homens misteriosos ou difíceis. No entanto, o jogo da caça e do caçador pode ser perigoso. Ela foge e você insiste mais... Ela sempre foge, sempre inacessível. Parta para outra! Pode ser que ela não queira nada com você.
Na hora do flerte, fique atento aos sinais: o olhar, um sorriso. Você, homem, saberá a hora exata de se aproximar ou de se retirar elegantemente.
Por favor! Não durma logo após o relacionamento íntimo. Faça um esforço. As mulheres gostam daquele carinho gostoso depois de uma noite de amor.
Elogie com sinceridade se você gostou do novo corte de cabelo, da roupa ou do perfume dela.
Pelo menos no primeiro encontro, pague a conta do restaurante ou da lanchonete. Seja educado. Estas gentilezas jamais saem da moda.
Seja sempre um homem amigo e solidário. Mesmo que não conquiste aquela mulher especial, poderá ganhar uma sincera amiga. Valorize a amizade.
O beijo é muito especial! Como você beija? Alguém um dia já disse: "Quando não encaixa na boca, raramente dá certo!"
Beijos roubados podem ser extremamente excitantes. No entanto, não arrisque de imediato. Saiba em que terreno está pisando. Poderá estragar tudo com um beijo fora de hora.
Alguns homens costumam falar de suas ex-namoradas, das suas frustrações, logo no primeiro encontro. Isso é extremamente desagradável! É um balde de água fria na hora da conquista! Você quer uma mulher? Ou procura outra mãe ou terapeuta?
Ah, o olhar! Ele diz muita coisa. Use e abuse do flerte!
Cartões virtuais nem sempre impressionam. Um e-mail carinhoso ou um telefonema podem impressionar muito mais do que cartões encaminhados.
Não seja exibido. Não fale de sua conta bancária, conquistas, viagens. A conversa tem que ser solta e espontânea. Fazer muito esforço para impressionar uma mulher, nem sempre dá resultado.
Dizem que há sempre uma tampa para cada caldeirão. Se você quer ser bem sucedido na hora da sedução, saiba exatamente o que você deseja de uma mulher: um relacionamento, aventura ou um apenas um intercurso sexual? Seja sincero sempre para não ter aborrecimentos futuros. Use camisinha para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Lembre-se: as mulheres ficam grávidas sabia? Tome providencias para evitar um filho não planejado.
As bebidas alcoólicas podem ser afrodisíacas, mas tome cuidado. Evite um encontro desastroso trilhando o caminho do meio. Nada mais desconcertante do que um homem bêbado ou que apaga na hora do relacionamento íntimo.
Saiba ouvir a mulher. Isso cativa, sabia? O senso de humor e a alegria são afrodisíacos! Cara emburrada afasta as pessoas.
Seja sempre gentil e cavalheiro. Mulheres adoram flores e champagne. No entanto, não faça deste gesto um lugar comum. Desenvolva a inteligência e a cultura, mas não seja um chato.
Seja sempre sincero com as mulheres. Jamais as iluda com promessas que não podem ser cumpridas.
Qualquer lugar é um lugar para a paquera: seu condomínio, a padaria, uma sala de chat, uma balada, a academia de ginástica. Aproveite e mãos à obra! As mulheres são sensíveis e muito observadoras.
Você é tímido? Não sabe se aproximar de uma mulher? Timidez pode ser um charme e agrada as mulheres. No entanto, quando a timidez incomoda muito merece atenção ou tratamento adequado através da psicoterapia.
Tenha estilo. Seja você mesmo sempre! Ter estilo é ter um jeito próprio de se vestir, de falar e de flertar. Seja seguro de si na hora de abordar uma mulher. Não fique olhando para o chão.
Ande sempre limpo, arrumado e perfumado. Se não gosta de perfumes, mantenha, pelo menos, seu desodorante corporal em dia. Nada mais desagradável do que cheiro de suor, de chulé ou mau hálito.
Cuide da saúde. Se você sofre de alguma disfunção sexual, vá a um médico. Ejaculação precoce, dificuldades na ereção devem ser avaliadas por um profissional. Estas dificuldades podem prejudicar muito a sedução.
Não seja vulgar. Uma abordagem vulgar ou direta demais pode assustar a mulher. Seja um gentleman!
Nada mais sedutor do que a dança e a música! Já experimentou convidá-la para um baile? Não sabe dançar? Aprenda!
O carro também pode ser uma arma de sedução. Leve-a para dar uma volta de carro. Ela vai observar como você conduz o automóvel e as pequenas gentilezas como: abrir a porta do carro, colocar uma música agradável.
Pequenas gentilezas são ótimas armas para conquistar uma mulher: um bilhete carinhoso, um telefonema inesperado, um e-mail.
Vestir-se de forma excêntrica só para impressionar uma mulher nem sempre funciona. Tudo o que é falso cai por terra.
Se uma paquera não deu certo, parta para outra. Insistir muito com e-mails insistentes, telefonemas inoportunos podem afastar a mulher desejada.
Mude a estratégia na hora de seduzir. Algumas mulheres gostam de homens misteriosos ou difíceis. No entanto, o jogo da caça e do caçador pode ser perigoso. Ela foge e você insiste mais... Ela sempre foge, sempre inacessível. Parta para outra! Pode ser que ela não queira nada com você.
Na hora do flerte, fique atento aos sinais: o olhar, um sorriso. Você, homem, saberá a hora exata de se aproximar ou de se retirar elegantemente.
Por favor! Não durma logo após o relacionamento íntimo. Faça um esforço. As mulheres gostam daquele carinho gostoso depois de uma noite de amor.
Elogie com sinceridade se você gostou do novo corte de cabelo, da roupa ou do perfume dela.
Pelo menos no primeiro encontro, pague a conta do restaurante ou da lanchonete. Seja educado. Estas gentilezas jamais saem da moda.
Seja sempre um homem amigo e solidário. Mesmo que não conquiste aquela mulher especial, poderá ganhar uma sincera amiga. Valorize a amizade.
O beijo é muito especial! Como você beija? Alguém um dia já disse: "Quando não encaixa na boca, raramente dá certo!"
Beijos roubados podem ser extremamente excitantes. No entanto, não arrisque de imediato. Saiba em que terreno está pisando. Poderá estragar tudo com um beijo fora de hora.
Alguns homens costumam falar de suas ex-namoradas, das suas frustrações, logo no primeiro encontro. Isso é extremamente desagradável! É um balde de água fria na hora da conquista! Você quer uma mulher? Ou procura outra mãe ou terapeuta?
Ah, o olhar! Ele diz muita coisa. Use e abuse do flerte!
Cartões virtuais nem sempre impressionam. Um e-mail carinhoso ou um telefonema podem impressionar muito mais do que cartões encaminhados.
Não seja exibido. Não fale de sua conta bancária, conquistas, viagens. A conversa tem que ser solta e espontânea. Fazer muito esforço para impressionar uma mulher, nem sempre dá resultado.
Dizem que há sempre uma tampa para cada caldeirão. Se você quer ser bem sucedido na hora da sedução, saiba exatamente o que você deseja de uma mulher: um relacionamento, aventura ou um apenas um intercurso sexual? Seja sincero sempre para não ter aborrecimentos futuros. Use camisinha para evitar doenças sexualmente transmissíveis. Lembre-se: as mulheres ficam grávidas sabia? Tome providencias para evitar um filho não planejado.
As bebidas alcoólicas podem ser afrodisíacas, mas tome cuidado. Evite um encontro desastroso trilhando o caminho do meio. Nada mais desconcertante do que um homem bêbado ou que apaga na hora do relacionamento íntimo.
CHALIE PATTON
Charlie Patton foi o primeiro grande Delta bluesman; ele fluiu a partir de quase todos os elementos que compõem a região do estilo blues. Patton tinha um curso, terra voz que reflectiu viver tempos difíceis e duros. Seu estilo guitarra - percussão e cru - correspondência seu vocal entrega.
Ele jogou muitas vezes slide guitar e de estilo que deu uma posição de destaque no Delta blues. Patton's canções foram preenchidos com letras que tratou mais do que meras narrativas de amor ido mal. Patton frequentemente injectada uma opinião pessoal em sua música e explorar questões como a mobilidade social (pônei Blues), prisão (High Sheriff Blues), natureza (High Water Blues), e moralidade (Oh Morte) que iam muito além do tradicional masculino - feminino relação Temas .
Patton definida a vida de um bluesman. Ele beberam e fumaram excessivamente. Ele tinha noticiado um total de oito esposas. Ele foi preso pelo menos uma vez. Ele viajou extensivamente, nunca ficar em um lugar por muito tempo.
Patton's Blues parados na história é imenso e nenhum país blues artista, salve Blind Lemon Jefferson, exerceu maior influência sobre o futuro do formulário ou na sua nova geração de estilistas do que Patton. Todo mundo de Son House, HOWLIN 'Wolf, Robert Johnson e Muddy Waters para, John Lee Hooker, e Elmore James pode traçar os seus blues estilos de volta para Patton.
Em um dado, Charlie Patton, para além de ser um bluesman do mais alto calibre, poderá também ser o primeiro rock & rolo. Patton estava longe de ser passiva, quando realizada em frente a um público-alvo. Não era incomum para ele jogar a guitarra entre seus joelhos ou, por trás das costas. Ele também jogou o instrumento forte e bruto. Patton saltou e utilizados em torno de trás de sua guitarra como um tambor. Ele era um showman e histrionics fez parte do seu acto. Patton foi inducted Blues da Fundação para o Hall of Fame em 1980.
ROBERT JOHNSON
Robert Leroy Johnson (8 de Maio, 1911 – 16 de Agosto, 1938) foi um cantor, guitarrista Norte-americano de Blues. Johnson é um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o Blues.
Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. Sua data de nascimento oficialmente aceita (1911) provavelmente está errada. Registros existentes (documentos escolares, certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas entre 1909 e 1912, embora nenhum contenha a data de 1911.
Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. Suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas, como Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.
Em 1938 Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.
Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues".Johnson é freqüentemente citado como "o maior cantor de blues de todos os tempos", ou mesmo como o mais importante músico do Século XX, mas muitos ouvintes se desapontam ao conhecer o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos atuais.
Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson II (que afirma ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado Johnson sobre a garrafa de whisky). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues elétrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha direta de influência entre a obra de Johnson e o Rock and roll que se tornaria popular no pós-guerra.
Anos após sua morte, o grupo de admiradores de Johnson cresceu e inclui astros do rock como Keith Richards e Eric Clapton.
Em 1999 os The White Stripes lançaram no seu álbum de estreia homónimo uma canção de Johnson; Stop Breaking Down.
MUSICAS
".32-20 Blues"
"Come on in My Kitchen" [duas versões]
"Crossroads Blues" [duas versões]
"Dead Shrimp Blues"
"Drunken Hearted Man" [duas versões]
"From Four Till Late"
"Hellhound on My Trail"
"Honeymoon Blues"
"I'm a Steady Rollin' Man"
"I Believe I'll Dust My Broom"
"If I Had Possession Over Judgment Day"
"Kind Hearted Woman Blues" [duas versões]
"Last Fair Deal Gone Down"
"Little Queen of Spades" [duas versões]
"Love in Vain" [duas versões]
"Malted Milk"
"Me and the Devil Blues" [duas versões]
"Milk Cow's Calf Blues" [duas versões]
"Phonograph Blues" [duas versões]
"Preachin' Blues (Up Jumped The Devil)"
"Rambling on My Mind" [duas versões]
"Stones in My Passway"
"Stop Breakin' Down Blues" [duas versões]
"Sweet Home Chicago"
"Terraplane Blues"
"They're Red Hot"
"Traveling Riverside Blues" [duas versões]
"Walkin' Blues"
"When You Got a Good Friend" [duas versões
iôiô
Surgiu na China há 3000 anos.
O iôiô surgiu na China há uns 3 mil anos como um jogo delicado com dois discos de marfim entre os quais se enrolava um cordel de seda. Muito tempo depois, o jogo se espalhou pela Europa, onde ganhou ornamentos geométricos que compõe imagens ao girar. Na Inglaterra chamou-se quiz e na França bandalore. O nome iôiô vem do tágalo, a mais importante das línguas da região da Indonésia. Ali, no século XVI, os caçadores filipinos criaram um tipo de iôiô assassino, que funcionava tal qual um bumerangue. Arremessado no ar, a corda grossa enroscava o pesado disco de madeira nas patas do animal em fuga, derrubando-o e facilitando sua captura.
ĽįďįA
Lídia é um prenome (O prenome, na maioria das línguas indo-europeias, é o elemento onomástico que precede o apelido de família (sobrenome) na forma de designar as pessoas. Exemplos de prenomes comuns são José, João, Carlos, Antônio, Maria, Joana, Paula etc. O prenome também é conhecido como nome de batismo. A cada pessoa podem ser atribuídos um ou mais prenomes quando nasce ou quando é batizada.
No início da Idade Média, o nome pessoal era o nome principal da identidade. Ele era acompanhado de diferentes determinantes : origem geográfica, filiação (patronímico}, de parentesco, de profissão . Durante a segunda metade da Idade Média na Europa, e mais tarde em outros lugares, o nome de família que acompanhava o nome da pessoa, passou a ter uma importância maior na identificação do indivíduo. Então o nome pelo qual a pessoa era conhecida passou a ser o prenome, que deveria vir acompanhado pelo nome de família.
Em algumas culturas e idiomas (por exemplo em húngaro, vietnamita, chinês, japonês ou coreano), o apelido de família precede o prenome na ordem do nome completo, como Deng Xiaoping, sendo Deng o apelido de família e Xiaoping o prenome.)
feminino da onomástica (A onomástica (do grego antigo ὀνομαστική, ato de nomear, dar nome) é o estudo dos nomes próprios de todos os gêneros, das suas origens e dos processos de denominação no âmbito de uma ou mais línguas ou dialectos. Nascida na metade do século XIX, a onomástica é considerada uma parte da lingüística, com fortes ligações com a história e a geografia.) da língua portuguesa
ĠAŢÖŠ
Por que os gatos conseguem enxergar com pouca luz?
Eles têm nos olhos uma estrutura chamada região tapetal, composta por células especiais que provocam dupla estimulação dos cones e bastonetes, responsáveis pela percepção de cores e formas. Localizada na coróide, camada que reveste internamente quase toda esfera ocular, essa região funciona como um espelho. A luz atravessa a retina e estimula os cones e bastonetes uma vez, e, quando reflete na região tapetal, volta e passa por eles, estimulando-os novamente, diz o veterinário Paulo Sérgio Moraes de Barros, da Universidade de São Paulo.
ÁLCOOL
Para alguns, o álcool é veneno puro. Para outros, remédio. A solução é encontrar a quantia exata que vai servir a você. E nunca passar do limite.
Consumido sem cuidados, o álcool provoca reações inesperadas. Você já reparou que nas festas tem sempre alguém que bebe uma cerveja e dá vexame, enquanto outro entorna uma garrafa de vinho e fica só um pouco mais alegre? É difícil acreditar, mas apenas agora a ciência começa a entender como e por que a droga mais antiga da civilização suscita efeitos tão diferentes nos seres humanos.
São duas possíveis respostas. A primeira é genética. O psiquiatra Marc Schuckit, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, conduz uma pesquisa a respeito desde 1978. Ela mostra que os filhos de alcoólatras são os mais fortes candidatos ao alcoolismo. Mas a herança não pára por aí. Eles são também os que toleram melhor a bebida. "Só 5% dos descendentes de não-alcoólatras têm alta resistência ao álcool", disse Schuckit à SUPER. "Já quando um dos pais é alcoólatra, o número de resistentes sobe para 40%." Isso significa que não só a tendência ao vício, mas o tipo de reação ao álcool, pode estar inscrita no DNA. A segunda descoberta é bioquímica. Experiências com camundongos demonstraram que os bichos com maior ou menor quantidade de certas moléculas (batizadas de NPY e PKC-épislon) no organismo tendem a ingerir menos álcool.
Os novos conhecimentos abrem o caminho para que cada um descubra qual a quantidade de álcool adequada para si. Várias pesquisas sugerem que, na medida certa, a bebida pode fazer bem. "O uso moderado do álcool traz uma série de benefícios físicos e psicossociais", afirma Archie Brodsky, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. "O álcool é o que se chama de lubrificante social ideal", explicou à SUPER a psicobióloga Ana Regina Noto, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Sob seu efeito, os indivíduos interagem com os outros de uma forma gostosa, melhorando a qualidade da relação", acrescenta a pesquisadora. Estudos realizados em mais de vinte países indicam que uma dose diária (veja o que é uma dose no infográfico acima) para mulheres e duas para homens diminuem os riscos de doenças do coração. A ciência leva em conta ainda outros fatores positivos no consumo moderado, como a redução do estresse e a melhora do humor, segundo Brodsky. "Como a Medicina passou a incluir a qualidade de vida nos condicionantes da saúde, o álcool deixou de ser tão malvisto", diz ele. A sabedoria está em separar a porção que alivia daquela que envenena.
Gosto não se discute. Herda-se
Se você fica tonto só de cheirar um copo com bebida alcoólica, alegre-se. A ciência mostra que gente capaz de tomar todas e estar inteira no dia seguinte é justamente a que corre mais risco de se tornar dependente. E não é só isso. Descobriu-se também que os mais resistentes costumam ser filhos de alcoólatras. Essas conclusões fazem parte de um estudo superdetalhado do psiquiatra americano Marc Schuckit, da Universidade da Califórnia.
De acordo com estatísticas do governo americano, cerca de 8% da população dos Estados Unidos é vítima do alcoolismo. Entre filhos de alcoólatras, o número sobe para 40%. Quando pai e mãe são dependentes, a porcentagem é ainda mais assustadora: 60%. Segundo o psiquiatra, isso acontece mesmo quando o filho é criado por outra família, longe dos pais biológicos. Esse é um forte indicador de que a propensão ao alcoolismo é genética.
Foram esses dados que levaram Schuckit a testar como os filhos de alcoólatras seguravam a onda na hora de beber. Em 1978, ele conseguiu juntar dois grupos de homens. O primeiro alvo do estudo era formado por descendentes de dependentes. Eles tinham cerca de 20 anos e bebiam apenas socialmente. O segundo grupo era idêntico ao primeiro, exceto por um detalhe: ninguém tinha pai ou mãe alcoólatra. No total, nada menos que 453 pessoas.
Schuckit convidou a turma toda para tomar uns drinques (no máximo cinco doses), sob rigoroso acompanhamento científico. Não deu outra: 40% dos filhos de alcoólatras quase não sofriam os efeitos que atingem um indivíduo médio depois de cinco latas de cerveja. Conforme o esperado, a mesma resistência só apareceu em 5% dos filhos de não-alcoólatras. Dez anos depois, uma equipe de pesquisadores conseguiu localizar todo mundo outra vez. Só três homens não quiseram mais participar da pesquisa. Depois de entrevistas exaustivas, os dados finais confirmaram as suspeitas de Schuckit. Os maiores índices de alcoolismo estavam justamente entre o pessoal que, uma década antes, bebia, bebia e não sentia quase nada.
Resumo da ópera: quem, além de ser filho de alcoólatra, resiste bem à bebida está sob alto risco de alcoolismo. Atualmente, Schuckit está fazendo novo contato com os mesmos entrevistados (quatro morreram). "Entre outras coisas, vamos pesquisar os filhos deles para acompanhar a evolução da próxima geração", explicou o cientista à SUPER.
A influência do ambiente
Schuckit espera que pesquisas como a dele sirvam para tratamento. "Descobrir genes ligados ao alcoolismo poderá ajudar a explicar uma série de reações químicas que acontecem no organismo de dependentes, abrindo caminhos para a descoberta de novos remédios", diz ele. "E, se estudarmos aqueles que não se tornaram viciados, mesmo que filhos de alcoólatras e resistentes à bebida, poderemos aproveitar a experiência deles para criar novos métodos de prevenção."
Não é de hoje, porém, que a ciência conhece relações entre o álcool e a genética. "De um modo geral, os orientais não se dão bem com a bebida", explica Ana Regina, do Cebrid. Segundo a pesquisadora, eles têm uma deficiência de aldeído desidrogenase, uma enzima que dificulta a eliminação de acetaldeído, um derivado da metabolização do álcool.
A falta da enzima provoca o chamado blushing, isto é, uma vermelhidão no rosto, além de náuseas. Nada disso, no entanto, significa que não haja bebedeiras entre os orientais, mas é um forte indício do peso da genética na reação ao álcool.
Os cientistas ainda guardam uma certa cautela. "A baixa resposta ao álcool é um fator muito importante, mas é um entre vários", ressalva Schuckit. Embora seu estudo possa levar à descoberta de um gene envolvido no alcoolismo, ele lembra que o ambiente também desempenha um papel importantíssimo. Ana Regina concorda. "Um filho que cresce vendo o pai ou a mãe bebendo de modo exagerado tende a encarar isso como algo natural", diz ela. "A educação é fundamental."
A irresistível atração bioquímica
Assim como o uísque, os maus bebedores se conhecem no dia seguinte. Além da dor de cabeça, eles costumam ser acometidos, ao acordar, pelo remorso de não terem conseguido parar na hora certa. A ciência, porém, tem fortes motivos para suspeitar de que a culpa não seja só deles. Por trás da irresistível atração por continuar bebendo podem estar duas substâncias produzidas pelo corpo humano e sobre as quais a razão não exerce controle: o NPY e o PKC-épsilon. Trabalhos recentes mostram que ambas devem estar relacionadas ao álcool.
O NPY é um neuropeptídeo, ou seja, uma molécula, parecida com uma proteína, que atua no sistema nervoso. O psicólogo Todd Thiele, da Universidade de Washington, em Seattle, Estados Unidos, decidiu procurar relações entre o NPY e a quantidade de álcool ingerida por camundongos. Encontrou. Thiele contou à SUPER que a sua equipe desenvolveu animais alterados geneticamente para produzir NPY em excesso. Os bichos modificados acabaram consumindo bem menos álcool do que os normais. Os cientistas também fizeram o oposto: criaram camundongos sem NPY. Eles consumiram duas vezes mais álcool do que os normais. Embora tomassem todas, recuperavam-se rapidamente e demostravam menos sinais de estarem bêbados, já prontos para mais uma rodada. Era como se fossem alcoólatras.
"O NPY dos camundongos é muito parecido com o dos seres humanos", afirma Thiele. Por isso ele acha viável o desenvolvimento de remédios que aumentem o nível de NPY no corpo, levando a um controle do uso de álcool. "Meu objetivo final é dar a quem bebe demais um mecanismo de controle", diz o psicólogo. A pesquisa com o PKC-épsilon, substância também associada à ansiedade, chegou a conclusões semelhantes. O farmacologista Clyde Hodge, da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, conseguiu estabelecer uma relação entre a enzima e o consumo de álcool. Sua equipe criou camundongos sem o PKC-épsilon que usavam álcool até um certo ponto e depois perdiam completamente o interesse. Era como se quisessem dizer: "Para mim chega".
Clyde ressalta que os experimentos ainda estão em fase inicial. Mas acredita que em alguns anos pode haver remédios para controlar o nível da substância em seres humanos. Isso tornaria viável criar uma pílula que o sujeito toma, depois bebe um pouquinho de álcool e logo não quer mais. "Se conseguirmos decifrar os mecanismos neurobiológicos dessas moléculas, poderemos pensar em remédios que mantenham o uso da bebida sob controle", disse Clyde à SUPER.
A droga mais velha da humanidade
O álcool não é privilégio de nenhum povo sobre a Terra. Ao contrário, é considerado a única droga comum a todas as civilizações. A fabricação de vinho de uva começou provavelmente no período Neolítico, 8 500 anos antes de Cristo. Nas montanhas Zagros, no norte do Irã, uma equipe do Centro de Arqueologia Química da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encontrou um jarro de 7 000 anos com capacidade para 9 litros de vinho.
Mais tarde, houve no delta do Rio Nilo uma pujante indústria vinícola, por volta de 2700 a.C. Beber vinho era um hábito tão comum que vários faraós foram enterrados com jarros, provavelmente na crença de que poderiam continuar tomando umas e outras depois da morte. A cerveja é um pouco mais recente. Aparece uns 1 500 anos antes de Cristo. Com um microscópio eletrônico, arqueólogos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriram que os egípcios usavam malte para produzir açúcar usado na fermentação. Em outras palavras: conheciam técnicas de cervejaria. Os egípcios obtinham seu malte a partir de cevada. Só que em vez de adicionar lúpulo, como se faz hoje, eles acrescentavam um tipo raro de trigo. Ao repetir a receita, os pesquisadores descobriram uma boa cerveja. Sem o amargo do lúpulo, a mistura ganhava um sabor doce e frutado. Era dourada, mas menos transparente que as atuais.
Vieram depois os destilados, que são mais fortes. Curiosamente, a técnica não foi desenvolvida para fazer bebidas. Proibidos de beber pelo islamismo, os árabes foram os primeiros a produzir álcool destilado para fabricar perfumes. Os europeus aprenderam com eles e no século XI já há registro de aguardentes na Itália.
Talvez nunca se saiba com certeza quando o homem começou a beber. Já no Gênese, o vinho aparece nas mãos de Noé. A novidade está em que, com os novos conhecimentos, a humanidade poderá começar a beber melhor. Em lugar de ser dominada por efeitos indesejáveis e imprevisíveis, terá a chance de usar o álcool na justa e moderadíssima proporção em que ele ajuda a viver melhor. Para isso, cada um precisará encontrar a dose certa e ficar nela.
Eles e elas
Em geral, os homens são mais resistentes à bebida do que as mulheres porque têm mais água no corpo, o que ajuda a diluir o álcool. Além disso, produzem em maior quantidade uma enzima que quebra as suas moléculas
Alegria, alegria
Com 1 ou 2 doses, a inibição vai desaparecendo. Acontece uma mudança sutil de estado de espírito: aquele problema aparentemente insolúvel já não parece tão terrível assim. Fica-se auto confiante.
Pé no breque
Depois de 3 doses, diminui a coordenação motora do indivíduo, que chega a derrubar o copo. A essa altura, ele também perde um pouco da capacidade de julgamento — isto é, de distinguir o certo do errado.
Fora-da-lei
Pela lei brasileira, quem tomou 3 doses, em média, não pode mais dirigir. O máximo permitido é 0,6 grama de álcool por litro de sangue. Isso equivale a cerca de duas doses de uísque.
Tarde demais
O papo que estava bom após o primeiro copo fica difícil após 4 doses. Isso acontece porque o cérebro tem dificuldade para funcionar. Essa quantia afronta não só o raciocínio como também as restrições sociais. É quando o tímido consegue passar cantadas impensáveis quando está sóbrio.
Sinal vermelho
A hora de parar já passou. Com 5 ou 6 doses, o álcool provoca danos à capacidade psicomotora. Andar torna-se uma tarefa difícil e penosa. As emoções ficam exageradas: chora-se por uma bobagem ou morre-se de rir com uma piada sem graça.
Zuzu mal
Com 7 a 8 doses, o indivíduo chega a fazer força para conversar direito, mas a fala sai arrastada. Para piorar, a vista fica embaçada. A coordenação motora e a capacidade de raciocínio são profundamente prejudicadas.
Vezes dois
Quem consegue chegar a 9 ou 10 doses passa a ver tudo dobrado. De pé, lembra um bebê que está aprendendo a andar. Tarefas simples como amarrar os sapatos ou assinar o cheque da conta é praticamente impossível. Perigo de explosões emocionais, como chamar um brutamontes para uma briga.
Sem censura
A partir de 11 doses, ocorre a perda total das inibições. É quando o bêbado fica "folgado". Em alguns casos, ele não entende o que se passa à sua volta.
Risco de morte
Se passar de 15 doses, pode entrar em estado de choque. Com mais de 25, a parte do cérebro responsável pela respiração ameaça falhar. Perigo de morte.Chope
Concentração alcoólica: 8 graus
2 copos = 400 ml
Vinho
Concentração alcoólica: 11 graus
2 taças = 200 ml
Uísque
Concentração alcoólica: 43 graus
1 dose = 40 ml
Na História das civilizações, o álcool é valorizado. A palavra uísque vem do idioma gálico, no qual quer dizer água da vida.
O jovem brasileiro anda bebendo demais. Um levantamento feito pelo Cebrid em dez capitais brasileiras com estudantes de primeiro e segundo graus indica isso. "A pesquisa aponta um aumento no consumo pesado, ou seja, cresceu o número de entrevistados que bebem mais de vinte vezes por mês", diz o psicobiólogo Ricardo Tabach. "Isso é preocupante", acrescenta. Segundo a pesquisadora Ana Regina Noto, também do Cebrid, a família não ajuda muito. "Um em cada três brasileiros prova álcool pela primeira vez na própria casa, quase sempre oferecido pelos pais", informa. Segundo ela, os refrigerantes foram praticamente abolidos nas festinhas de jovens.
A cerveja rola solta e até alguns porres são tratados com a anuência e a condescendência dos pais, como se fossem algo normal.
Não são. "Isso acontece porque a sociedade não considera o álcool uma droga", diz ela. Outro problema é que se costuma achar que na juventude tudo é episódico e passageiro. Quando se trata de bebida, ocorre o contrário. Se um adulto leva de dez a quinze anos para se tornar um alcoólatra, um adolescente precisa apenas de seis meses a três anos para incorporar o vício. Além disso, o uso abusivo do álcool provoca problemas sociais. Segundo a pesquisa do Cebrid, o álcool está no sangue de sete em cada dez brasileiros mortos violentamente — de acidentes de carro a assassinatos.
Esses problemas são agravados pelo fato de a legislação ser pouco respeitada. Poucas coisas são tão fáceis de comprar no Brasil quanto álcool. Embora a venda seja proibida para menores de 18 anos, ninguém obedece à lei. A mesma pesquisa mostra que não chega a 1% o número de adolescentes que dizem "garçom, um chope" e não são atendidos.Beber melhora o desempenho sexual.
Mentira. A bebida aumenta o desejo, mas estraga o desempenho dos homens. É fato que o álcool diminui inibições, inclusive as sexuais. Mas também faz cair a produção do hormônio masculino, a testosterona.
Tomar café ou banho gelado ajuda a ficar sóbrio.
Mentira. É o fígado que metaboliza (transforma em outras substâncias) o álcool na corrente sanguínea. Nem café nem água gelada apressam o funcionamento dele.
Comer antes de beber, ou durante, diminui o efeito do álcool.
Verdade. Isso acontece porque a própria comida, quando encontra o álcool no estômago, absorve parte da substância. Evita que ele passe ao intestino delgado e, dali, chegue ao cérebro pela corrente sanguínea.
Misturar bebidas deixa o sujeito mais bêbado.
Mentira. O que deixa o indivíduo mais embriagado é a quantidade de álcool que ingeriu, não o tipo de bebida. Tomar bebidas de sabores diferentes, uma em seguida à outra, pode deixar o beberrão apenas mais enjoado porque os diferentes sabores geralmente não combinam. O cérebro não tem como saber se o álcool que chega a ele é de um licor ou de um uísque.
Mulher grávida não pode beber.
Verdade. O álcool causa vários danos ao feto: retardamento mental, anormalidades orgânicas e problemas de aprendizado no futuro. Mas não induz ao alcoolismo. Não se sabe exatamente a partir de qual quantidade de álcool esses efeitos nocivos aparecem. Por isso, o melhor é não arriscar.
Fontes: Universidade da Carolina do Norte (EUA) e Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso de Álcool dos EUA
1. Quando a bebida alcança o lobo frontal, surgem sensações agradáveis de relaxamento e alegria. O sujeito fica mais falante, sem prejuízo do raciocínio.
2. Ao atingir os lobos parietal e temporal começam os problemas. O sujeito é capaz de cometer um desatino, como cruzar um farol vermelho.
3. Se chegar ao lobo occipital, responsável pelo movimento e pela visão, torna difícil ficar em pé e andar direito. A vista embaça.
4. O cerebelo comanda os reflexos. Atingido pelo álcool, a coordenação motora fica gravemente prejudicada. O tronco encefálico dirige a respiração.
5. O álcool demora para afetar esta área, mas, quando chega, leva à inconsciência, ao coma, à insuficiência respiratória e cardíaca. Em geral, o corpo se defende e provoca desmaios para o sujeito parar de beber.
O pesquisador pôs em gaiolas separadas dois tipos de camundongos, um normal e outro sem uma enzima chamada PKC-épsilon. Cada gaiola tinha uma garrafinha com água e outra com álcool a apenas 2%.
Água e vinho
No primeiro dia da experiência, os camundongos das duas gaiolas bebem mais água. Na segunda medição, quatro dias depois, os camundongos normais tomam um pouco mais de álcool do que os mutantes.
Vício
O pesquisador aumenta, então, a concentração de álcool para 4%. Os camundongos normais passam a beber ainda mais álcool e os mutantes menos.
Concentração alta
Quando a concentração do álcool chega a 14% (como a de um vinho), o consumo entre os normais chega ao máximo, enquanto os mutantes praticamente só tomam água. Conclusão: a falta da enzima diminui a atração pelo álcool.
Fermentação e destilação são as duas únicas receitas para se fabricar o álcool que pode ser bebido. Vinho e cerveja são produtos da fermentação, ou seja, a transformação de açúcar em álcool, usando microorganismos. Embora muito prática (quem faz todo o trabalho é uma levedura, a Saccharomyces cerevisiae), a fermentação padece de uma limitação natural. Seus produtos têm, no máximo, 14% de concentração alcoólica. Mais do que isso seria tóxico para a própria levedura. Quer dizer: as bebidas fermentadas são mais fraquinhas porque o bichinho não está a fim de cometer suicídio. A destilação começa com a fermentação de frutas ou grãos, como arroz. O passo seguinte é separar a água do álcool, já que os dois fervem a temperaturas diferentes. Aí, um aparelho recaptura o que evaporou e transforma o vapor, por esfriamento, em líquido de novo. O resultado pode ter concentração alcoólica de até 95%.
Consumido sem cuidados, o álcool provoca reações inesperadas. Você já reparou que nas festas tem sempre alguém que bebe uma cerveja e dá vexame, enquanto outro entorna uma garrafa de vinho e fica só um pouco mais alegre? É difícil acreditar, mas apenas agora a ciência começa a entender como e por que a droga mais antiga da civilização suscita efeitos tão diferentes nos seres humanos.
São duas possíveis respostas. A primeira é genética. O psiquiatra Marc Schuckit, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, conduz uma pesquisa a respeito desde 1978. Ela mostra que os filhos de alcoólatras são os mais fortes candidatos ao alcoolismo. Mas a herança não pára por aí. Eles são também os que toleram melhor a bebida. "Só 5% dos descendentes de não-alcoólatras têm alta resistência ao álcool", disse Schuckit à SUPER. "Já quando um dos pais é alcoólatra, o número de resistentes sobe para 40%." Isso significa que não só a tendência ao vício, mas o tipo de reação ao álcool, pode estar inscrita no DNA. A segunda descoberta é bioquímica. Experiências com camundongos demonstraram que os bichos com maior ou menor quantidade de certas moléculas (batizadas de NPY e PKC-épislon) no organismo tendem a ingerir menos álcool.
Os novos conhecimentos abrem o caminho para que cada um descubra qual a quantidade de álcool adequada para si. Várias pesquisas sugerem que, na medida certa, a bebida pode fazer bem. "O uso moderado do álcool traz uma série de benefícios físicos e psicossociais", afirma Archie Brodsky, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. "O álcool é o que se chama de lubrificante social ideal", explicou à SUPER a psicobióloga Ana Regina Noto, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Sob seu efeito, os indivíduos interagem com os outros de uma forma gostosa, melhorando a qualidade da relação", acrescenta a pesquisadora. Estudos realizados em mais de vinte países indicam que uma dose diária (veja o que é uma dose no infográfico acima) para mulheres e duas para homens diminuem os riscos de doenças do coração. A ciência leva em conta ainda outros fatores positivos no consumo moderado, como a redução do estresse e a melhora do humor, segundo Brodsky. "Como a Medicina passou a incluir a qualidade de vida nos condicionantes da saúde, o álcool deixou de ser tão malvisto", diz ele. A sabedoria está em separar a porção que alivia daquela que envenena.
Gosto não se discute. Herda-se
Se você fica tonto só de cheirar um copo com bebida alcoólica, alegre-se. A ciência mostra que gente capaz de tomar todas e estar inteira no dia seguinte é justamente a que corre mais risco de se tornar dependente. E não é só isso. Descobriu-se também que os mais resistentes costumam ser filhos de alcoólatras. Essas conclusões fazem parte de um estudo superdetalhado do psiquiatra americano Marc Schuckit, da Universidade da Califórnia.
De acordo com estatísticas do governo americano, cerca de 8% da população dos Estados Unidos é vítima do alcoolismo. Entre filhos de alcoólatras, o número sobe para 40%. Quando pai e mãe são dependentes, a porcentagem é ainda mais assustadora: 60%. Segundo o psiquiatra, isso acontece mesmo quando o filho é criado por outra família, longe dos pais biológicos. Esse é um forte indicador de que a propensão ao alcoolismo é genética.
Foram esses dados que levaram Schuckit a testar como os filhos de alcoólatras seguravam a onda na hora de beber. Em 1978, ele conseguiu juntar dois grupos de homens. O primeiro alvo do estudo era formado por descendentes de dependentes. Eles tinham cerca de 20 anos e bebiam apenas socialmente. O segundo grupo era idêntico ao primeiro, exceto por um detalhe: ninguém tinha pai ou mãe alcoólatra. No total, nada menos que 453 pessoas.
Schuckit convidou a turma toda para tomar uns drinques (no máximo cinco doses), sob rigoroso acompanhamento científico. Não deu outra: 40% dos filhos de alcoólatras quase não sofriam os efeitos que atingem um indivíduo médio depois de cinco latas de cerveja. Conforme o esperado, a mesma resistência só apareceu em 5% dos filhos de não-alcoólatras. Dez anos depois, uma equipe de pesquisadores conseguiu localizar todo mundo outra vez. Só três homens não quiseram mais participar da pesquisa. Depois de entrevistas exaustivas, os dados finais confirmaram as suspeitas de Schuckit. Os maiores índices de alcoolismo estavam justamente entre o pessoal que, uma década antes, bebia, bebia e não sentia quase nada.
Resumo da ópera: quem, além de ser filho de alcoólatra, resiste bem à bebida está sob alto risco de alcoolismo. Atualmente, Schuckit está fazendo novo contato com os mesmos entrevistados (quatro morreram). "Entre outras coisas, vamos pesquisar os filhos deles para acompanhar a evolução da próxima geração", explicou o cientista à SUPER.
A influência do ambiente
Schuckit espera que pesquisas como a dele sirvam para tratamento. "Descobrir genes ligados ao alcoolismo poderá ajudar a explicar uma série de reações químicas que acontecem no organismo de dependentes, abrindo caminhos para a descoberta de novos remédios", diz ele. "E, se estudarmos aqueles que não se tornaram viciados, mesmo que filhos de alcoólatras e resistentes à bebida, poderemos aproveitar a experiência deles para criar novos métodos de prevenção."
Não é de hoje, porém, que a ciência conhece relações entre o álcool e a genética. "De um modo geral, os orientais não se dão bem com a bebida", explica Ana Regina, do Cebrid. Segundo a pesquisadora, eles têm uma deficiência de aldeído desidrogenase, uma enzima que dificulta a eliminação de acetaldeído, um derivado da metabolização do álcool.
A falta da enzima provoca o chamado blushing, isto é, uma vermelhidão no rosto, além de náuseas. Nada disso, no entanto, significa que não haja bebedeiras entre os orientais, mas é um forte indício do peso da genética na reação ao álcool.
Os cientistas ainda guardam uma certa cautela. "A baixa resposta ao álcool é um fator muito importante, mas é um entre vários", ressalva Schuckit. Embora seu estudo possa levar à descoberta de um gene envolvido no alcoolismo, ele lembra que o ambiente também desempenha um papel importantíssimo. Ana Regina concorda. "Um filho que cresce vendo o pai ou a mãe bebendo de modo exagerado tende a encarar isso como algo natural", diz ela. "A educação é fundamental."
A irresistível atração bioquímica
Assim como o uísque, os maus bebedores se conhecem no dia seguinte. Além da dor de cabeça, eles costumam ser acometidos, ao acordar, pelo remorso de não terem conseguido parar na hora certa. A ciência, porém, tem fortes motivos para suspeitar de que a culpa não seja só deles. Por trás da irresistível atração por continuar bebendo podem estar duas substâncias produzidas pelo corpo humano e sobre as quais a razão não exerce controle: o NPY e o PKC-épsilon. Trabalhos recentes mostram que ambas devem estar relacionadas ao álcool.
O NPY é um neuropeptídeo, ou seja, uma molécula, parecida com uma proteína, que atua no sistema nervoso. O psicólogo Todd Thiele, da Universidade de Washington, em Seattle, Estados Unidos, decidiu procurar relações entre o NPY e a quantidade de álcool ingerida por camundongos. Encontrou. Thiele contou à SUPER que a sua equipe desenvolveu animais alterados geneticamente para produzir NPY em excesso. Os bichos modificados acabaram consumindo bem menos álcool do que os normais. Os cientistas também fizeram o oposto: criaram camundongos sem NPY. Eles consumiram duas vezes mais álcool do que os normais. Embora tomassem todas, recuperavam-se rapidamente e demostravam menos sinais de estarem bêbados, já prontos para mais uma rodada. Era como se fossem alcoólatras.
"O NPY dos camundongos é muito parecido com o dos seres humanos", afirma Thiele. Por isso ele acha viável o desenvolvimento de remédios que aumentem o nível de NPY no corpo, levando a um controle do uso de álcool. "Meu objetivo final é dar a quem bebe demais um mecanismo de controle", diz o psicólogo. A pesquisa com o PKC-épsilon, substância também associada à ansiedade, chegou a conclusões semelhantes. O farmacologista Clyde Hodge, da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, conseguiu estabelecer uma relação entre a enzima e o consumo de álcool. Sua equipe criou camundongos sem o PKC-épsilon que usavam álcool até um certo ponto e depois perdiam completamente o interesse. Era como se quisessem dizer: "Para mim chega".
Clyde ressalta que os experimentos ainda estão em fase inicial. Mas acredita que em alguns anos pode haver remédios para controlar o nível da substância em seres humanos. Isso tornaria viável criar uma pílula que o sujeito toma, depois bebe um pouquinho de álcool e logo não quer mais. "Se conseguirmos decifrar os mecanismos neurobiológicos dessas moléculas, poderemos pensar em remédios que mantenham o uso da bebida sob controle", disse Clyde à SUPER.
A droga mais velha da humanidade
O álcool não é privilégio de nenhum povo sobre a Terra. Ao contrário, é considerado a única droga comum a todas as civilizações. A fabricação de vinho de uva começou provavelmente no período Neolítico, 8 500 anos antes de Cristo. Nas montanhas Zagros, no norte do Irã, uma equipe do Centro de Arqueologia Química da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encontrou um jarro de 7 000 anos com capacidade para 9 litros de vinho.
Mais tarde, houve no delta do Rio Nilo uma pujante indústria vinícola, por volta de 2700 a.C. Beber vinho era um hábito tão comum que vários faraós foram enterrados com jarros, provavelmente na crença de que poderiam continuar tomando umas e outras depois da morte. A cerveja é um pouco mais recente. Aparece uns 1 500 anos antes de Cristo. Com um microscópio eletrônico, arqueólogos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriram que os egípcios usavam malte para produzir açúcar usado na fermentação. Em outras palavras: conheciam técnicas de cervejaria. Os egípcios obtinham seu malte a partir de cevada. Só que em vez de adicionar lúpulo, como se faz hoje, eles acrescentavam um tipo raro de trigo. Ao repetir a receita, os pesquisadores descobriram uma boa cerveja. Sem o amargo do lúpulo, a mistura ganhava um sabor doce e frutado. Era dourada, mas menos transparente que as atuais.
Vieram depois os destilados, que são mais fortes. Curiosamente, a técnica não foi desenvolvida para fazer bebidas. Proibidos de beber pelo islamismo, os árabes foram os primeiros a produzir álcool destilado para fabricar perfumes. Os europeus aprenderam com eles e no século XI já há registro de aguardentes na Itália.
Talvez nunca se saiba com certeza quando o homem começou a beber. Já no Gênese, o vinho aparece nas mãos de Noé. A novidade está em que, com os novos conhecimentos, a humanidade poderá começar a beber melhor. Em lugar de ser dominada por efeitos indesejáveis e imprevisíveis, terá a chance de usar o álcool na justa e moderadíssima proporção em que ele ajuda a viver melhor. Para isso, cada um precisará encontrar a dose certa e ficar nela.
Eles e elas
Em geral, os homens são mais resistentes à bebida do que as mulheres porque têm mais água no corpo, o que ajuda a diluir o álcool. Além disso, produzem em maior quantidade uma enzima que quebra as suas moléculas
Alegria, alegria
Com 1 ou 2 doses, a inibição vai desaparecendo. Acontece uma mudança sutil de estado de espírito: aquele problema aparentemente insolúvel já não parece tão terrível assim. Fica-se auto confiante.
Pé no breque
Depois de 3 doses, diminui a coordenação motora do indivíduo, que chega a derrubar o copo. A essa altura, ele também perde um pouco da capacidade de julgamento — isto é, de distinguir o certo do errado.
Fora-da-lei
Pela lei brasileira, quem tomou 3 doses, em média, não pode mais dirigir. O máximo permitido é 0,6 grama de álcool por litro de sangue. Isso equivale a cerca de duas doses de uísque.
Tarde demais
O papo que estava bom após o primeiro copo fica difícil após 4 doses. Isso acontece porque o cérebro tem dificuldade para funcionar. Essa quantia afronta não só o raciocínio como também as restrições sociais. É quando o tímido consegue passar cantadas impensáveis quando está sóbrio.
Sinal vermelho
A hora de parar já passou. Com 5 ou 6 doses, o álcool provoca danos à capacidade psicomotora. Andar torna-se uma tarefa difícil e penosa. As emoções ficam exageradas: chora-se por uma bobagem ou morre-se de rir com uma piada sem graça.
Zuzu mal
Com 7 a 8 doses, o indivíduo chega a fazer força para conversar direito, mas a fala sai arrastada. Para piorar, a vista fica embaçada. A coordenação motora e a capacidade de raciocínio são profundamente prejudicadas.
Vezes dois
Quem consegue chegar a 9 ou 10 doses passa a ver tudo dobrado. De pé, lembra um bebê que está aprendendo a andar. Tarefas simples como amarrar os sapatos ou assinar o cheque da conta é praticamente impossível. Perigo de explosões emocionais, como chamar um brutamontes para uma briga.
Sem censura
A partir de 11 doses, ocorre a perda total das inibições. É quando o bêbado fica "folgado". Em alguns casos, ele não entende o que se passa à sua volta.
Risco de morte
Se passar de 15 doses, pode entrar em estado de choque. Com mais de 25, a parte do cérebro responsável pela respiração ameaça falhar. Perigo de morte.Chope
Concentração alcoólica: 8 graus
2 copos = 400 ml
Vinho
Concentração alcoólica: 11 graus
2 taças = 200 ml
Uísque
Concentração alcoólica: 43 graus
1 dose = 40 ml
Na História das civilizações, o álcool é valorizado. A palavra uísque vem do idioma gálico, no qual quer dizer água da vida.
O jovem brasileiro anda bebendo demais. Um levantamento feito pelo Cebrid em dez capitais brasileiras com estudantes de primeiro e segundo graus indica isso. "A pesquisa aponta um aumento no consumo pesado, ou seja, cresceu o número de entrevistados que bebem mais de vinte vezes por mês", diz o psicobiólogo Ricardo Tabach. "Isso é preocupante", acrescenta. Segundo a pesquisadora Ana Regina Noto, também do Cebrid, a família não ajuda muito. "Um em cada três brasileiros prova álcool pela primeira vez na própria casa, quase sempre oferecido pelos pais", informa. Segundo ela, os refrigerantes foram praticamente abolidos nas festinhas de jovens.
A cerveja rola solta e até alguns porres são tratados com a anuência e a condescendência dos pais, como se fossem algo normal.
Não são. "Isso acontece porque a sociedade não considera o álcool uma droga", diz ela. Outro problema é que se costuma achar que na juventude tudo é episódico e passageiro. Quando se trata de bebida, ocorre o contrário. Se um adulto leva de dez a quinze anos para se tornar um alcoólatra, um adolescente precisa apenas de seis meses a três anos para incorporar o vício. Além disso, o uso abusivo do álcool provoca problemas sociais. Segundo a pesquisa do Cebrid, o álcool está no sangue de sete em cada dez brasileiros mortos violentamente — de acidentes de carro a assassinatos.
Esses problemas são agravados pelo fato de a legislação ser pouco respeitada. Poucas coisas são tão fáceis de comprar no Brasil quanto álcool. Embora a venda seja proibida para menores de 18 anos, ninguém obedece à lei. A mesma pesquisa mostra que não chega a 1% o número de adolescentes que dizem "garçom, um chope" e não são atendidos.Beber melhora o desempenho sexual.
Mentira. A bebida aumenta o desejo, mas estraga o desempenho dos homens. É fato que o álcool diminui inibições, inclusive as sexuais. Mas também faz cair a produção do hormônio masculino, a testosterona.
Tomar café ou banho gelado ajuda a ficar sóbrio.
Mentira. É o fígado que metaboliza (transforma em outras substâncias) o álcool na corrente sanguínea. Nem café nem água gelada apressam o funcionamento dele.
Comer antes de beber, ou durante, diminui o efeito do álcool.
Verdade. Isso acontece porque a própria comida, quando encontra o álcool no estômago, absorve parte da substância. Evita que ele passe ao intestino delgado e, dali, chegue ao cérebro pela corrente sanguínea.
Misturar bebidas deixa o sujeito mais bêbado.
Mentira. O que deixa o indivíduo mais embriagado é a quantidade de álcool que ingeriu, não o tipo de bebida. Tomar bebidas de sabores diferentes, uma em seguida à outra, pode deixar o beberrão apenas mais enjoado porque os diferentes sabores geralmente não combinam. O cérebro não tem como saber se o álcool que chega a ele é de um licor ou de um uísque.
Mulher grávida não pode beber.
Verdade. O álcool causa vários danos ao feto: retardamento mental, anormalidades orgânicas e problemas de aprendizado no futuro. Mas não induz ao alcoolismo. Não se sabe exatamente a partir de qual quantidade de álcool esses efeitos nocivos aparecem. Por isso, o melhor é não arriscar.
Fontes: Universidade da Carolina do Norte (EUA) e Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso de Álcool dos EUA
1. Quando a bebida alcança o lobo frontal, surgem sensações agradáveis de relaxamento e alegria. O sujeito fica mais falante, sem prejuízo do raciocínio.
2. Ao atingir os lobos parietal e temporal começam os problemas. O sujeito é capaz de cometer um desatino, como cruzar um farol vermelho.
3. Se chegar ao lobo occipital, responsável pelo movimento e pela visão, torna difícil ficar em pé e andar direito. A vista embaça.
4. O cerebelo comanda os reflexos. Atingido pelo álcool, a coordenação motora fica gravemente prejudicada. O tronco encefálico dirige a respiração.
5. O álcool demora para afetar esta área, mas, quando chega, leva à inconsciência, ao coma, à insuficiência respiratória e cardíaca. Em geral, o corpo se defende e provoca desmaios para o sujeito parar de beber.
O pesquisador pôs em gaiolas separadas dois tipos de camundongos, um normal e outro sem uma enzima chamada PKC-épsilon. Cada gaiola tinha uma garrafinha com água e outra com álcool a apenas 2%.
Água e vinho
No primeiro dia da experiência, os camundongos das duas gaiolas bebem mais água. Na segunda medição, quatro dias depois, os camundongos normais tomam um pouco mais de álcool do que os mutantes.
Vício
O pesquisador aumenta, então, a concentração de álcool para 4%. Os camundongos normais passam a beber ainda mais álcool e os mutantes menos.
Concentração alta
Quando a concentração do álcool chega a 14% (como a de um vinho), o consumo entre os normais chega ao máximo, enquanto os mutantes praticamente só tomam água. Conclusão: a falta da enzima diminui a atração pelo álcool.
Fermentação e destilação são as duas únicas receitas para se fabricar o álcool que pode ser bebido. Vinho e cerveja são produtos da fermentação, ou seja, a transformação de açúcar em álcool, usando microorganismos. Embora muito prática (quem faz todo o trabalho é uma levedura, a Saccharomyces cerevisiae), a fermentação padece de uma limitação natural. Seus produtos têm, no máximo, 14% de concentração alcoólica. Mais do que isso seria tóxico para a própria levedura. Quer dizer: as bebidas fermentadas são mais fraquinhas porque o bichinho não está a fim de cometer suicídio. A destilação começa com a fermentação de frutas ou grãos, como arroz. O passo seguinte é separar a água do álcool, já que os dois fervem a temperaturas diferentes. Aí, um aparelho recaptura o que evaporou e transforma o vapor, por esfriamento, em líquido de novo. O resultado pode ter concentração alcoólica de até 95%.
HOMENS MALVADOS CONQUISTAM MAIS
Os bonzinhos – que as mulheres insistem em chamar de fofos – já sabiam, e as mulheres não queriam acreditar, mas um estudo confirmou: os cafajestes são os mais pegadores. O que justifica isso são três traços de personalidade que, a despeito de seu potencial de estragar a humanidade, se mantêm na população: o narcisismo, a psicopatia e o maquiavelismo.
O que é estranho, já que, pelo processo evolutivo, esses traços deveriam ter sidos extintos. Pessoas com essas características tendem a ser isoladas da sociedade. Segundo a pesquisa, acontece o contrário. A rotina sexual dos malvados é intensa, concluíram os cientistas da Universidade Estadual do México.
Para eles, os três traços desenvolveram uma estratégia evolucionária bem-sucedida, personificada no cinema por James Bond: ele é extrovertido, contraditório, mulherengo e assassino.
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